Monte

Um pelotense no topo do mundo

Cristiano Müller tornou-se ainda o segundo gaúcho e o 16º brasileiro a chegar no local mais alto do planeta

Divulgação -

stória ao se tornar o 16º brasileiro e segundo gaúcho a alcançar o cume do Monte Everest - a montanha mais alta do planeta, com 8.848 metros. Além da altura, temperaturas de aproximadamente menos 25º C complementaram a lista de obstáculos a serem superados. E, por incrível que pareça, o pelotense não é alpinista profissional, mas sim gerente de projetos de uma empresa de geração de energia.

Apaixonado por esportes ao ar livre e leitor frequente de livros sobre montanhas, o que antes era um desejo virou realidade. Em 2012, ele fez sua primeira expedição e, de cara, chegou ao pico do Monte de Elbrus, na Rússia - local mais alto da Europa. Tudo começou através de um contato com Manoel Morgado, que, antes de Cristiano, era o único gaúcho a escalar o Everest. Ele, inclusive, concluiu o projeto Sete cumes, quando subiu nas montanhas mais altas de cada continente. Morgado guiava alguns montanhistas brasileiros e, como o pelotense já corria algumas maratonas, era necessário aperfeiçoar a parte técnica de escalada. Os treinamentos foram no Parque Nacional Denali, no Alaska (6.190 metros); montanha de Manaslu, no Nepal (8.156 metros); Mont Blanc, nos Alpes (4.809 metros) e Kilimanjaro, na Tanzânia (5.895 metros).

Cristiano começou a expedição no dia 25 de março. Depois foram dez dias de caminhada até o acampamento base, a 5.300 metros de altitude. A partir deste ponto, subidas e descidas foram realizadas aos outros acampamentos no chamado ciclo de aclimatação, que teve duração de 30 a 40 dias, com o objetivo de que o progresso gradativo contribuísse na adaptação do corpo às condições de temperatura e altitude. Quando finalmente o destino seria o cume, ele teve que esperar nove dias para a chegada da janela de bom tempo, quando a velocidade do vento, que corriqueiramente fica na base de 200 km/h, diminui. Mesmo com toda a apreensão, ele procurou se manter concentrado e determinado. “Essa janela é sempre em maio. Se demorasse mais alguns dias, talvez se tornaria impossível e todo o esforço não teria um ápice”, comenta. Mas às 7h10min do dia 21 de maio ele chegou ao topo. Ficou lá por inesquecíveis 40 minutos. “O que mais me marca é a satisfação da conquista e, claro, a vista. É impressionante como o Everest é maior que todas as outras montanhas da volta”, fala. O voo de volta para o Brasil foi no dia 2 de junho. Mesmo com todo o cansaço, a descida exigiu muita concentração. “O cume é só metade do caminho”, analisa.

Etapas
Acampamento base - 5.300 metros de altitude
1º acampamento - 6.100 metros de altitude
2º acampamento - 6.500 metros de altitude
3º acampamento - 7.500 metros de altitude - quando começa a ser utilizado o oxigênio complementar
4º acampamento - 8.000 metros de altitude
Cume do Monte Everest - 8.848 metros de altitude

Início da expedição: 25/3
Chegada no cume: 21/5, às 7h10min
Voo de retorno: 2/6
Média de gastos: U$ 60 mil (cerca de R$ 250 mil)
Despesas com: sherpas (habitantes da região do Himalaia), oxigênio suplementar, guia, alimentação, viagens e taxa de liberação do Governo do Nepal

Saiba
As temporadas de escalada no Everest foram canceladas em 2014 e 2015 em função de avalanches e terremoto, que resultaram em mortes.

 

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